A Rede Solidária da SPBsb foi criada pela DCC em 2020, no contexto da pandemia da COVID-19, com o propósito de acolher, em caráter emergencial, pessoas e grupos atingidos pela crise sanitária e social, oferecendo escuta psicanalítica àqueles em situação de vulnerabilidade que não teriam acesso a um atendimento psicanalítico de outra forma.
A Rede Solidária da SPBsb desenvolveu os seguintes projetos:
Escuta psicanalítica com foco nas relações étnico-raciais e sofrimento psíquico – 2023

Encontros Psicanalíticos com gestantes

A relação mãe-bebê pode começar bem antes do nascimento, mas no período da gestação tende a se intensificar.
Algumas expectativas e ansiedades sobre como será esse bebê fazem parte do processo. Isso acontece, porque durante a gestação é comum as mães (re)visitarem suas histórias, as relações emocionais de sua vida, suas experiências familiares, etc.
Daí ser um momento ótimo para a troca de experiências com outras gestantes, o que pode favorecer o despertar da função materna e ajudar na construção de laços com pessoas que também estão às voltas com reflexões ligadas ao tema mãe-bebê.
Escuta psicanalítica com foco nas relações étnico-raciais e sofrimento psíquico

Nos projetos da Rede Solidária, foi observado que as classes sociais com menor poder aquisitivo sofreram de modo ainda mais intenso o impacto da pandemia. Outro aspecto agravante foi o racismo presente nas relações sociais em escolas e universidades. Esse sistema de opressão sociopolítica constituiu-se como fonte de sofrimento psíquico para muitos estudantes afro-brasileiras e afro-brasileiros.
Diante desse contexto, foi proposto um grupo de escuta psicanalítica, aberto aos interessados, com o objetivo de proporcionar a troca de experiências em um clima de acolhimento e respeito, favorecendo o fortalecimento da subjetividade de cada participante.
Encontros psicanalíticos com mães, pais e avós de crianças e de 0 a 3 anos

A expectativa, o nascimento e os primeiros anos do bebê/criança representam uma mudança radical nos papéis familiares, implicando em um dos maiores desafios vividos pela família. Nossa prática de trabalho com grupos tem mostrado que a escuta especializada dos aspectos emocionais das pessoas envolvidas nos cuidados com o bebê/criança pode auxiliar na elaboração psíquica das dificuldades, favorecer o despertar das funções materna e paterna, a construção de uma rede solidária entre os participantes e produzir novos sentidos para as vivências deste período de vida.
Sobre o projeto