Revista Calibán recebe prêmio da IPA por promover uma psicanálise atenta à cultura

A psicanalista e membro da SPBsb, Cláudia Carneiro, foi uma das editoras homenageadas na categoria Cultura de IPA na Comunidade e no Mundo

A revista latino-americana de psicanálise Calibán recebeu, durante o 54º Congresso Internacional da Associação Psicanalítica Internacional (IPA), realizado em Lisboa, o primeiro prêmio de Cultura da IPA na Comunidade e no Mundo, por seu projeto “Uma psicanálise atenta à cultura”. A distinção reconhece o papel da publicação em promover uma abordagem que valoriza a diversidade cultural e teórica da psicanálise na América Latina.

Cláudia Carneiro, psicanalista e membro da Sociedade de Psicanálise de Brasília (SPBsb), faz parte da equipe editorial de Calibán e foi uma das responsáveis por receber o prêmio. Ela integra um grupo de mulheres editoras de diferentes países da região, incluindo Argentina, México, Peru e Uruguai. Vale destacar que o Brasil foi especialmente reconhecido nesta edição de premiações da IPA, com mais sete prêmios concedidos a projetos brasileiros.

A conquista do prêmio pela IPA reforça o reconhecimento internacional do trabalho dedicado à promoção de uma psicanálise que dialoga com as realidades culturais e sociais da América Latina, evidenciando a força e a riqueza da produção regional no campo psicanalítico.

Divulgação da psicanálise

Fundada em 2012, Calibán é a revista oficial da Federação Psicanalítica da América Latina (Fepal), que reúne sociedades psicanalíticas e grupos de estudo de diversos países latino-americanos. A publicação é um espaço dedicado à divulgação das ideias e práticas psicanalíticas na região, promovendo o diálogo entre diferentes tradições teóricas e clínicas, além de fortalecer a presença da psicanálise nos debates atuais sobre o sujeito contemporâneo, o cultural, o social e o político.

A revista funciona sem fins lucrativos e garante acesso gratuito online para leitores e autores pelo site https://calibanrlp.com . Desde 2012, Calibán é publicada em português e espanhol, e no ano passado lançou a versão digital em inglês, ampliando seu alcance global.

Calibán

O editorial da revista conta que o nome Calibán, um anagrama de “canibal” e inspirado na personagem shakespeareana de “A Tempestade”, carrega uma simbologia potente. Originalmente, Calibán representava um indígena selvagem, incapaz de falar corretamente a língua da cultura europeia, numa visão colonial. A escolha do nome para a revista é uma ironia construtiva, que celebra a voz própria do colonizado, agora ressignificada por uma cultura híbrida e autônoma. Essa metáfora da antropofagia – de

 “devorar” e transformar as influências colonizadoras – reflete a essência da publicação, que valoriza as raízes latino-americanas e o papel do movimento psicanalítico na construção de identidades culturais próprias.

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