As fraturas na educação brasileira

           

         “A sabedoria é a faculdade que comanda todas as disciplinas pelas quais se aprendem as ciências e artes que cobrem a humanidade. Platão define a sabedoria como sendo a “aperfeiçoadora dos seres humanos”.

                               Giambattista Vico, in “Ciência Nova”.

 

Vivemos tempo de penúria na Educação e Cultura do nosso Brasil. Recentemente a verba destinada à Cultura despencou da casa dos noventa milhões para um milhão e qualquer coisa. É notório que em governos passados, essas verbas beneficiaram os privilegiados e os especialistas em corrupção. Há necessidade real de uma nova política pública de distribuição que vise mais à Cultura e Educação do que grupos de artistas empresários que usam o dinheiro público para benefício próprio.

No entanto, o que se prenuncia é o esvaziamento e o empobrecimento da educação e cultura no país, como se o saber, o conhecimento, fossem uma ameaça aos credos políticos e religiosos. Aqui, na capital federal, o nosso magnífico Teatro Nacional se transformou em carcaça revestida das formas modernas de uma arquitetura sublime, só para exemplificar. Os nossos grandes escritores, tais como Machado de Assis, Graciliano Ramos, por exemplo, estão sendo ensinados em edições deturpadas da bela língua portuguesa que os mesmos se esmeravam.

As escolas passam por longe de um ensino acadêmico, humanista, visando o aprimoramento de “cultura de vestibular” e agora de credos fundamentalistas onde a Religião perde seu sentido Teológico. As orquestras sinfônicas capengam com verbas ridículas e com ausência de contratação de maestros e maestrinas assim como de convite de orquestras internacionais. Os teatros e suas companhias não são beneficiados com verbas públicas para espetáculos de alta cultura.

Um país não se faz futuro nem tampouco sua juventude sem o aperfeiçoamento dos seres humanos e sua educação ética, política, artística, científica e por fim, humanística.

Giambattista Vico, professor célebre de eloquência e retórica, aprendeu, estudou profundamente direito, política, história, filologia tornando-se hoje uma leitura imprescindível para uma visão global do que é Cultura. Escreve ele em seu clássico livro Ciência Nova: “…Em seguida, ‘sabedoria’ evoluiu para dizer-se dos seres humanos que para o bem dos povos e nações ordenam sabiamente repúblicas e as governam”. Estamos nos referindo aos séculos XVII e XVIII, prezado leitor, atualíssimo!

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