Seleção Olímpica de Futebol
Os Deuses do Olimpo verteram suas lágrimas vermelhas ao assistir a nossa Seleção Brasileira ontem, aliás já por duas vezes no Estádio Mané Garrincha, personagem que lá, onde estiver se envergonhou com os “meninos milionários” sem nenhuma noção de brasilidade e de sentimento forte pela Nação. Diga-se de passagem, a falta de ética de todos os atletas, todos, que se opuseram a falar à Imprensa. Não deram satisfação aos brasileiros e aos 65.000 que foram prestigiá-los.
Culpa, acho que não: só tem culpa quem tem consideração. Falta de respeito, de nacionalidade, narcisismo perverso e personalidades embevecidas com os milhões que ganham e que só jogam bem quando no exterior. Lá eles defendem seus altos honorários, e aqui poupam lesões comprometedoras. Frise-se a falta de respeito do “capitãozinho” Neymar Jr. que no mínimo teria a obrigação de dar uma entrevista no campo. Passou pelos jornalistas numa atitude arrogante.
As Seleções Brasileiras por sinal, são uma “equipe” de individualistas, sem craques, nem capacidade de criar um conjunto, uma parceria, uma coletividade, sem contar com a presença de um líder, tal como foi Gerson e outros, a comandar seus colegas que rolam sobre as gramas de um campo minado de incompetentes.
Esse é nosso Brasil até no futebol: individualismo, narcisismo perverso, ausência de liderança e de pessoas que tinham tudo para se agrupar em prol do sentimento amoroso pelo progresso e crescimento do futebol e dessa Nação.
Parafraseando Carlos Drummond de Andrade em sua crônica – “O Futebol”, diria, referindo-se o poeta a um livro de Monteiro Lobato: Para se entender os meandros da filosofia do Futebol é bom ter em mente que: necessário se faz uma reflexão profunda da relação que existe entre o futebol e a problemática da transformação do país.
Ainda o nosso querido poeta Drummond, em seu livro “Quando é dia de futebol”, escreveu na página 115 de outra Crônica – “O Leitor Escreve”, as seguintes palavras: “Está muito bem que os bancos não funcionam enquanto a Seleção entra em campo, na Copa do Mundo (ou poderia ser nas Olimpíadas), o grifo é meu, mas só isso. O governo esqueceu de que a emoção nacional não dura apenas o horário da partida, mas precede a esta e continua depois dela”.
Os infantes das Olimpíadas-2016 também esquecem, ou quem sabe não têm nenhum sentido político, ético e humanístico, quanto mais uma “emoção nacional”, “sentimento patriótico”. Os Iraquianos têm: aplaudiram e agradeceram aos torcedores brasileiros e compatriotas. Talvez o sofrimento das guerras, as perdas nos extermínios fundamentalistas, o choro dos filhos mortos, inocentes, o desamparo, a falta de lar, proporcionam a compaixão e a consideração pela vida e não pelos bolsos bilionários dos nossos atletas.
Não acredito nesses jovens, é claro, há exceções, que eles sofram a compaixão, o luto e a perda! Ainda que se classifiquem(não acham que mereçam), nada mudará, principalmente naqueles que nasceram da pobreza, enriqueceram no futebol, criaram suas “creches” por puro sentimento de culpa inconsciente. Falta a eles, sentimento nacional, capacidade para tolerar a frustração e dela aprender, educação humanista, humildade e reconhecimento por uma população que quer brincar, torcer, sorrir, chorar quando a bola bate do lado de dentro da rede, que vai ao campo mostrar aos seus filhos, os “ídolos”(?).
Os Deuses do Olimpo estão envergonhados, tristes, pais de filhos ingratos e não arrependidos, pois um dia, aqueles Deuses abençoaram o Brasil como o país do Futebol. Agora só resta a Seleção Principal não se classificar para a próxima Copa do Mundo, fato que não é improvável.