Beth Mori fala sobre sexualidades e subjetivação na abertura do Congresso da ABC.

Na abertura do Congresso da Associação Brasileira de Candidatos (ABC), realizado nesta quarta-feira (22), a psicanalista da Sociedade de Psicanálise de Brasília (SPBsb), Maria Elizabeth Mori, apresentou o trabalho “Sexualidades e Subjetivação: onde se ancora a escuta do analista?”. O encontro integra o pré-congresso do 30º Congresso Brasileiro de Psicanálise da Febrapsi, que acontece em Gramado (RS), entre os dias 22 e 25 de outubro.
Em sua fala, Beth Mori destacou a importância da escuta psicanalítica em nossa contemporaneidade marcada por uma complexidade das formas de desejar e viver.
A psicanalista retomou conceitos de Freud e Jean Laplanche para discutir a formação do inconsciente e o papel da linguagem e da sedução na constituição do sujeito. Em diálogo com Judith Butler e Deleuze e Guattari, refletiu sobre a produção de subjetividades e sobre a importância de uma escuta analítica sensível às transformações sociais e culturais.
Mori ressaltou ainda a relevância da formação do analista e o reconhecimento da psicanálise como um discurso situado historicamente, apontando para a necessidade de descolonizar o pensamento e abrir espaço para novas vozes e experiências.
Encerrando sua conferência, reafirmou a aposta em Eros e na escuta como forças que sustentam a prática analítica e mantêm viva a ética do encontro com o outro.
